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De uns tempos para cá, o termo neuroarquitetura vem ganhando espaço. Mas o que realmente ele significa? Para entendê-lo melhor, primeiro precisamos nos debruçar sobre as premissas da neurociência, estudo que olha para nosso sistema nervoso, em especial nosso cérebro, para desvendar seu funcionamento, estrutura, desenvolvimento e reações.
Neurociência e o cérebro triúno
Se a neurociência trabalha para entender nosso cérebro, primeiro precisamos desvendá-lo! E, para isso, uma das teorias mais aceitas é a do Cérebro Triúno, desenvolvida pelo neurocientista Paul D. MacLean. Ela afirma que possuímos o cérebro dividido em três partes distintas, que reagem ao mundo de formas únicas:
1) Cérebro Reptiliano (também chamado de Cérebro Basal), é nosso cérebro instintivo e primitivo, que promove reflexos simples que visam garantir nossa sobrevivência;
2) Cérebro Mamífero (ou Límbico) é tido como o segundo nível funcional do sistema nervoso e compreende nossas emoções e, consequentemente, trabalha com nossas memórias e comportamentos sociais espontâneos;
3) Por fim, o Cérebro Racional (ou Neocórtex) é aquele que analisa as informações e estímulos externos racionalmente, capaz de elaborar pensamentos, planejamentos, planificações;
Em todos os casos, tudo começa com um estímulo externo, que é percebido através de um ou mais de nossos cinco sentidos. É o Tálamo que faz a recepção desse estímulo, direcionando-o para o cérebro correto que deverá analisar aquela informação e, então, gerar uma resposta adequada. Assim, podemos entender que os 5 sentidos são o canal de comunicação do cérebro com o mundo externo e, portanto, são de extrema importância para a neurociência – e, especialmente, para a neuroarquitetura!
Mas e então, o que é a neuroarquitetura?
A neuroarquitetura nada mais é do que o estudo da neurociência aplicado à arquitetura, permitindo que entendamos como o cérebro reage a determinados espaços. Com isso, é possível pensar em um projeto arquitetônico voltado ao bem-estar, criando cenários mais confortáveis que ajudam as pessoas a viver melhor, tanto física quanto emocionalmente. Isso é feito ao observar como nossos sentidos básicos – principalmente a visão, audição, tato e olfato – reagem ao ambiente externo, criando sensações distintas que, com as ferramentas da neurociência, podem ser medidas, analisadas e, então, usadas à favor da arquitetura.
7 variáveis da neuroarquitetura
Diante disso, a neuroarquitetura trabalha essencialmente com sete variáveis ambientais que interferem diretamente em como entendemos os ambientes e, portanto, podem ser trabalhadas em busca de bem-estar:
1) Cores: percebidas pela visão, as cores desde os primórdios estão relacionadas com sobrevivência – afinal, um alimento em tom escuro pode indicar que está estragado, enquanto frutas vermelhas podem indicar que estão maduras. Elas são percebidas pelo cérebro de formas distintas e geram sensações, seja de conforto, agitação, serenidade;
2) Iluminação: assim como as cores, a iluminação traz uma reação primitiva. Afinal, é pela luz que entendemos quando é dia e quando é noite e, portanto, ela pode ser trabalhada para criar cenários e sensações propícias para cada ambiente;
3) Aromas: o olfato é um dos primeiros sentidos a ser desenvolvido, ligado diretamente à sobrevivência e à memória. Por isso, óleos essenciais e velas aromáticas estão cada vez mais em alta, capazes de trazer a tona diversas lembranças e transportar as pessoas para outras dimensões;
4) Sons: são capazes de liberar dopamina e serotonina, hormônios do bem-estar. Portanto, uma boa música ambiente ou sons da natureza são extremamente bem vindos para criar ambientes aconchegantes;
5) Formas: relacionadas ao belo, as formas podem gerar curiosidade. Quando arredondadas e orgânicas, lembram a natureza e são entendidas pelo cérebro como agradáveis. As pontiagudas, por sua vez, são mais estressantes, pois são entendidas como perigosas pelo cérebro;
6) Biofilia: ou amor pela vida, mostra como a relação do homem com a natureza é intrínseca e proporciona conforto e bem-estar, sendo capaz de reduzir estresse e ansiedade. Seu uso vai além de trazer as plantas para dentro de casa – deve-se considerar a luz e ventilação natural, ventilação cruzada, formas orgânicas;
7) Personalização: por fim, a experiência pessoal interfere diretamente em como o ambiente será percebido e, portanto, quanto mais personalizado e pensado de acordo com a memória particular e briefing individual, maior o aconchego.
Quer saber mais? Em nossos próximos posts, vamos nos debruçar mais profundamente sobre esses princípios da neuroarquitetura. Continue nos acompanhando!